10/03/2008

A morte do Capitão América



Eu só tinha ouvido falar, mas, finalmente, no último sábado, fui às bancas e comprei a revista Novos Vingadores n° 49, que traz a história da morte de ninguém mais, ninguém menos do que o Capitão América. Apesar de ser comum nos quadrinhos a morte e ressurreição de super-heróis o tempo todo, confesso que foi muito trágico ler a história e ver o desenho de Steve Rogers coberto por um saco plástico. Aquilo me emocionou como há algum tempo não acontecia nos quadrinhos ou em qualquer outra mídia. Enquanto lia a história, chegava a torcer para que ele se salvasse, mesmo sabendo que seu destino já estava selado.

Mesmo com sua morte nos quadrinhos, que foi o desfecho de uma boa saga (Guerra Civil), o Capitão não morreu realmente. Ainda que nos gibis ele não apareça por mais algum tempo (como diria um amigo meu, ninguém morre nos quadrinhos), o Capitão irá se manter vivo nas outras mídias, figurando sempre como um personagem símbolo da Marvel. Como muita pouca gente acompanha as histórias dos personagens como elas realmente são (através das HQ’s), essa morte não será tão impactante assim para o mundo como foi para mim e para muitos outros leitores dessa arte.

Vale a pena lembrar que não foi realmente a bala de Ossos Cruzados nem a de sua companheira da Shield que matou o América. Ele foi morto por George W. Bush, que graças à sua política de guerra, fez com que crescesse o receio dos americanos em manifestar o seu patriotismo, como Steve Rogers sempre fez. Durante muito tempo, os alemães também sentiram essa vergonha patriótica devido ao nazismo e só voltaram a ter o orgulho patriótico durante a Copa do Mundo de 2006. Ah, a queda nas vendas dos gibis também pagaram um preço da bala. Sempre que as vendagens estão baixas, lá vem os roteiristas desgraçarem a vida dos heróis, só para salvar a pátria.

É torcer para que as HQ’s, que já sobrevivem mal em épocas de internet e vídeo games, se recuperem. Ou não vai sobrar um herói pra contar a história.

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